Há menos de 15 dias na Suiça ao confirmar o Brasil como sede do mundial de 2014, o presidente da FIFA, Joseph Blatter, aproveitou a oportunidade para fazer um apelo aos dirigentes e cartolas do futebol brasileiro. Disse ele: "Não vendam seus jogadores". A frase em tom de apelo é para que o futebol brasileiro se torne mais forte e não perca seus craques tão cedo para o futebol europeu e asiático.
Infelizmente o apelo feito pelo comandante do futebol mundial não serviu para nada. Cada vez mais perdemos jogadores que não chegam sequer a jogar um ano pelos seus time de origem. Alias os torcedores que chegam a ver seus craques jogando pelo time principal podem se achar privilegiados. Recentemente Alexandre Pato do inter, Willian do Corinthians e Carlos Eduardo do Grêmio foram negociados tendo jogado menos de 1 ano pelos profissionais.
Além de não proteger os craques que surgem nos clubes brasileiros a CBF parece fazer questão de colocá-los cada vez mais na vitrine para empresários do resto do mundo, é o que esta acontecendo com a realização do campeonato sul americano sub-15 de seleções. Sediada no Rio Grande do Sul, a competição é um prato cheio para quem quer levar nossos craques a preço de banana. Pois de acordo com a lei brasileira os atletas só podem assinar contratos com times profissionais a partir dos 16 anos.
Desse modo os empresários, que são facilmente encontrados nas arquibancadas dos jogos da seleção brasileira, tratam diretamente com os familiares dos jovens atletas. Na maioria das vezes as famílias de classe baixa não têm como resistir aos milhões oferecidos.
É dessa forma que os jovens vão direto para o velho mundo sem nem mesmo chegarem a ser reconhecidos no Brasil. Privando o torcedor brasileiro de ver novos talentos. Resta saber da CBF e de seus comandantes o porque da realização de competições que não servem para nada além de tirar os jovens talentos do pais. Prejudicando cada vez mais os já decadentes clubes brasileiros.
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