
PR, PRB, PSL, PAN, PTN, PCO, PHN, PRTB e PSTU. Essa sopa de letrinhas são alguns dos 28 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Pequenos, grandes, conhecidos ou não, eles estão sempre presente na cabeça dos eleitores, mesmo sem que ele faça a menor idéia do significado e ideologia de cada um. Segundo especialistas, aumenta cada vez mais a necessidade da realização de uma reforma política, que diminuiria o número de partidos e acabaria com o grande número de parlamentares que trocam de legenda constantemente.
A idéia de um partido político surgiu com duas famílias paulistas, a dos Pires e dos Camargos que usaram da forca e da violência para fundarem os primeiros “grupos” políticos rivais como eram conhecidos. A expressão “partido político” apareceu somente a partir da segunda republica. Quando surgiram o Partido Liberal e o Partido Conservador. Durante o regime militar vigorou o bipartidarismo, com apenas dois partidos a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Atualmente vigora no Brasil o pluripartidarismo, como pode se observar pelo enorme número de partidos.
O Congresso Nacional vem tentando aprovar o projeto da reforma política desde 2001. A intenção era aprovar o projeto para utilizá-lo nas eleições de 2006, o que não foi possível. Agora a pressão para a aprovação vem aumentando, já que o prazo para mudar a legislação eleitoral para as eleições de 2008 vai ate o dia 30 de setembro de 2007. O projeto de reforma política cita diversas mudanças que vão desde o financiamento das campanhas eleitorais até a fidelidade partidária. O que vem incomodando muitos parlamentares e eleitores é o grande numero de deputados que se elegem por um partido e trocam seguidamente de legenda. Somente na última legislatura (2002-2007) 193 deputados trocaram de partido 285 vezes.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, TSE, dos 513 deputados federais eleitos em 2006, 35 parlamentares saíram dos partidos pelo qual foram eleitos e se filiaram em partidos de oposição em relação ao que estavam. Do total, 23 de apenas três partidos, PPS e DEM perderam oito filiados e o PSDB sete. Os três partidos já entraram com recursos no TSE com pedido de cassação dos filiados que migraram para outras legendas.
O pedido de cassação dos partidos é baseado na recente decisão do TSE, que diz que o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar eleito. Neste caso os líderes partidários exigem que se casse os deputados que se desfiliaram e sejam eleitos seus suplentes. O pedido dos partidos foi entregue ao presidente da Câmara o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que indeferiu o pedido, sob alegação de que a decisão de cassar ou não os parlamentares cabe a justiça.
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